SAUDADE

A casa de meu pai, como era imensa!
Cabia o mundo inteiro no quintal,
Onde em curvas no ar, a inocência,
Montava-se em cavalinho de pau.

A casa encolheu na florescência
Dos anos e nem era mais igual
O mundo, quando em plena adolescência
Descobri de madeira o animal.

Mas se meço, com o metro da lembrança,
As coisas que guardei na minha infância,
Vejo que elas nunca irão mudar.

O mundo é imenso, mas importa
É ver o cavalinho ali na porta
Da saudade querendo me levar.

Erigutemerg Meneses