BICICLETA

Acordo e já me boto para ela
E nem dormindo a tiro da cabeça,
Em tudo, aconteça o que aconteça,
O meu sentido não se afasta dela.

Tão submissa e doce se revela,
Que é normal que a gente enlouqueça
E da razão num canto se esqueça
Sentindo a vibração dessa magrela.

Seguro em seus braços, num segundo,
Sem pressa, eu viajo pelo mundo
Da emoção mais viva e mais completa.

Todos os dias sem qualquer descanso,
Em novas aventuras eu me lanço
Montado em minha velha bicicleta.


Erigutemberg Meneses