MENINO DE RUA
Tão sem vontade vim a este mundo
Que o ventre materno, se floriu
Como uma bela rosa não se abriu
À luz, ante o suspiro mais profundo.
Peito de mãe não tive um segundo
Por que morreu depois que me pariu
E os carinhos do pai... E quem já viu
Dar carinho a mão de um vagabundo?
Escorreguei por becos lamacentos,
E guiado pelas mãos e pés sangrentos
Segui atordoado em cada passo.
Na podridão das ruas, no abandono,
Tratado como fosse cão sem dono,
Deixo o que recebi por onde passo.
Tão sem vontade vim a este mundo
Que o ventre materno, se floriu
Como uma bela rosa não se abriu
À luz, ante o suspiro mais profundo.
Peito de mãe não tive um segundo
Por que morreu depois que me pariu
E os carinhos do pai... E quem já viu
Dar carinho a mão de um vagabundo?
Escorreguei por becos lamacentos,
E guiado pelas mãos e pés sangrentos
Segui atordoado em cada passo.
Na podridão das ruas, no abandono,
Tratado como fosse cão sem dono,
Deixo o que recebi por onde passo.
Erigutemberg Meneses