Há pessoas que sonham o possível
E plantam o que sonham pelo chão;
Outras vivem sonhando o impossível
E colhem os produtos da ilusão.
As que não sonham vivem desprezível
Existência e alheias à razão,
Procuram na loucura inconfundível,
Tornar as sonhadoras no que são.
Sou dos que sonham, sonhos bem distantes,
E tenho a mania, nos instantes
De pensar sobre eles, de verdade,
Que se o tempo corrói o que foi sonho,
Ficando os meus distantes, eu suponho,
Não transformar o que sonho em saudade.
Erigutemberg Meneses