MENINA MOÇA

O vento rir do seu cabelo solto
A confundir-se às plumas dos trigais
E o sol brinca nas curvas joviais
Do corpo a semelhar rio revolto.

Nas rajadas do vento vou e volto
E nas águas do rio afundo mais,
E aumenta o sol ciumento e dela faz
Indiferente ao risco onde ando envolto.

Nos braços onde a borboleta dança
A esperança deita e descansa
Insensível a todo o sofrer

Do coração que ao peito se alvoroça
Sempre ao ver aquela gentil moça,
Celebrando a alegria de viver.

Erigutemberg Meneses