ESCRITA DO AMOR
Às vezes, quando falo em silêncio
E o teu corpo entende o que eu falo,
Vejo que, com palavras, eu me calo,
Sem dizer de verdade o que penso.
Se falo com o corpo em tão intenso
Dizer sobre o teu em doce embalo,
Não há palavras, mas em nós o halo
Surge do entender-se por consenso.
Palavra, sendo oral ou mesmo escrita,
A depender do modo, quando dita,
Pode enganar, se esse for o plano.
Mas se o corpo compõe o manuscrito,
Não há como enganar no que é dito:
A escrita do amor não traz engano.
Erigutemberg Meneses
Às vezes, quando falo em silêncio
E o teu corpo entende o que eu falo,
Vejo que, com palavras, eu me calo,
Sem dizer de verdade o que penso.
Se falo com o corpo em tão intenso
Dizer sobre o teu em doce embalo,
Não há palavras, mas em nós o halo
Surge do entender-se por consenso.
Palavra, sendo oral ou mesmo escrita,
A depender do modo, quando dita,
Pode enganar, se esse for o plano.
Mas se o corpo compõe o manuscrito,
Não há como enganar no que é dito:
A escrita do amor não traz engano.
Erigutemberg Meneses